O último módulo do Curso de Pós Graduação em Metodologias Ativas começou com com Letícia Lyle, pedagoga, mestra em Desenvolvimento de Currículo e Educação Inclusiva com especialidade em Competências Socioemocionais pelo Teachers College da Columbia University. Com formação em Administração, Comunicação e Pedagogia, é fundadora de iniciativas de trabalho com competências socioemocionais e formação de professores, como a AfterSchool Educação, e a adaptação do Programa Compasso Socioemocional.
Nesse encontro, ela nos apresentou algumas reflexões fundamentais sobre as Competências Socioemocionais e como elas se contextualizam com a educação nos dias de hoje.
As Competências Socioemocionais são capacidades de mobilização de estruturas básicas para viver, se relacionar, aprender e conviver em todos os ambientes, inclusive com nós mesmos. São valores e formas de lidarmos com a vida, valores essenciais para vivermos em sociedade.
E Quais são elas? Entra aí o conceito dos Big Five:
Nas aulas seguintes, com a orientação da nossa Coordenadora Lilian Bacich, seguimos analisando a BNCC e sua implantação.
- Em 2012 o MEC lança as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) – novo marco para o desenvolvimento curricular, que contém critérios para serem seguidos na elaboração do currículo, com objetivos gerais e específicos, conteúdos previstos a serem desenvolvidos nas escolas.
- A BNCC vem para dar o norte de como colocar em prática essa proposta + os objetivos contidos no documento Direitos de Aprendizagem (MEC em 2012).
- Surge a 1ª, versão da BNCC, disponibilizada para consulta pública e de especialistas (2015). A seguir a 2ª. versão (2016) com o mesmo objetivo, e a 3ª. versão encaminhada para o MEC (2017). A partir das audiências públicas inicia-se o processo de implementação e a construção dos currículos estaduais e municipais.
- A ideia de diminuir as desigualdades educacionais e proporcionar uma elevação na qualidade do ensino no Brasil é o foco da BNCC (Base Nacional Comum Curricular), que se concretiza com a obrigatoriedade do que se deve ensinar nas escolas brasileiras, com a oportunidade de se respeitar a diversidade das regiões do país e formar o educando para as necessidades do século XXI.
A discussão sobre currículo:
Analisamos, de forma crítica, alguns currículos estaduais e compartilhamos com os grupos. Analisamos os verbos e discutimos se eram verbos mensuráveis e ainda discutimos pontos importantes, tais como:
- O currículo é o caminho para garantir o que está escrito na BNCC.
- O currículo não se limita apenas ao que será ensinado a cada ano, mas deve apresentar os princípios da escola, as estratégias metodológicas e o “como ensinar”.
- O currículo deve ser algo vivo, pulsante, representando todos âmbitos e atores envolvidos no processo. Precisa então ficar claro que a BNCC não é currículo.
- Mais do que o conceito de “conhecimento” da sua forma mais simplista, o currículo deve desenvolver “habilidades” e “competências” para utilizá-lo de maneira efetiva.
- O Currículo também deve orientar o desenvolvimento de habilidades e a formação de determinados valores que são importantes para nossas sociedades.
A coerência da vida escolar, explicitada no PPP (Projeto Político Pedagógico) deve ser vivenciado no dia a dia de forma real, para ter significado efetivo e uma aprendizagem real por parte dos alunos. Para isso, a equipe de direção e gestão são as primeiras que devem compreender a sua responsabilidade crucial na construção de condições para que que ele seja real.
Nenhum comentário:
Postar um comentário