quinta-feira, 5 de abril de 2018

Sobre Avaliação Formativa...



Fonte da imagem: https://pixabay.com/pt

Infelizmente, perdi a aula do dia 02 de abril e precisei realizar algumas leituras (referências abaixo), bem como o material elaborados pelos grupos em aula, que também foram de extrema ajuda! 

Para o e-Portfólido escolho um breve estudo sobre as Rubricas na Aprendizagem.

Sobre Rubricas...

Podemos definir rubricas, na educação, como esquemas explícitos para classificar produtos ou comportamentos, em categorias que variam ao longo de um processo, tais como redações, ensaios, trabalhos de pesquisa, apresentações orais e atividades.

A avaliação pode ser feita pelos próprios alunos, professores, supervisores de trabalho ou revisores externos. E as rubricas podem ser usadas para promover feedback formativo, atribuir notas ou avaliar programas.

Para Ludke (2003), “as rubricas partem de critérios estabelecidos especificamente para cada curso, programa ou tarefa a ser executada pelos alunos e estes eram avaliados em relação a esses critérios”. (p.74).

Segundo Porto (2005), os pontos mais importantes, a partir das definições de rubricas, são:
 - Rubricas necessitam ser feita sob medida para as tarefas ou produtos que se pretende avaliar;
- Rubricas precisam descrever níveis de desempenho, de competências, na realização de tarefas específicas, ou de um produto específico e esses níveis devem ser descritos em detalhe e serem associados a uma escala de valores;
- No seu conjunto, esses níveis de competência, descrevem qualquer resultado possível sobre o desempenho de um aluno; e
- Rubricas determinam expectativas de desempenho.

Elas permitem avaliar os objetivos do projeto, da pesquisa, da atividade proposta, atribuindo notas de forma clara, honesta e rica em informação para o aluno, porém, ao utilizá-las devemos ter sempre em mente o sentido da avaliação que desejamos.
O sentido da avaliação é compreender o que se passa na interação entre o ensino e a aprendizagem para uma intervenção consciente e melhorada do professor, refazendo o seu planejamento e o seu ensino e para que o aprendente tome consciência também de sua trajetória de aprendizagem e possa criar suas próprias estratégias de aprendizagem. Nesse ponto de vista, a produção do aluno, inclusive o erro, é compreendida como uma fonte riquíssima de conhecimento da dinâmica da qualidade e do trabalho pedagógico e do caminho de aprendizagem discente. Mapear a reação do aprendente à intervenção docente é a razão de ser do processo avaliativo em sala de aula. Esse mapeamento tem como fim possibilitar uma diversificação didática sintonizada e proximal das necessidades do educando”. ( Silva, 2004, p.60).

E neste contexto, a auto-avaliação se torna uma etapa importante do processo, mas os alunos, de um modo geral, não estão acostumados à auto-avaliação e para começar a adotar essa prática, as rubricas funcionam como um eficiente guia, pois com elas os alunos tornam-se capazes de avaliar seus trabalhos antes da entrega ao professor. Se as rubricas forem bem feitas e detalhadas, os alunos sentem facilidade para verificar se os requisitos e as expectativas dos professores fora alcançadas. Quanto mais detalhadas forem as rubricas, menos espaço para a subjetividade existirá nesse processo. Dispondo de uma avaliação prévia feita pelo próprio aluno, o professor tem condições de se concentrar na complementação desta auto-avaliação e proporcionar um feedback, apontando os pontos a melhorar em seu trabalho.

É importante lembrarmos que não existe uma receita ou um modelo a ser seguido, pois cada rubrica deve ser desenhada para o quadro que se espera, mas é necessário que os professores definam os resultados da aprendizagem ou os objetivos que esperam alcançar com os alunos. A partir daí, definir os níveis de critérios, variando-os da mais elevada performance até a mais baixa que possa ser esperada para a tarefa em questão. Feito isso, deve descrever cada nível, e se certificar de que ele vai ser entendido claramente pelos alunos.

Não devemos colocar mais do que seis níveis na descrição das rubricas, pois sempre existem os níveis intermediários que poderão ser observados.

Após a definição da escala de valores, se assegure de que essa escala está oferecendo a distinção desejada entre os níveis de desempenho e a pontuação final do trabalho esperado. Apresente as rubricas sob a forma de uma lista ou de uma matriz, de modo a não deixar dúvidas de apresentação, e sempre que aparecer um problema seja com as palavras utilizadas na descrição dos níveis, ou de inconsistência na pontuação, faça a mudança que for necessária. Lembre-se que ao reutilizar rubricas, é desejável fazer uma revisão antes da sua aplicação, e alguns ajustes se necessário.

Concluindo, a construção de uma rubrica de avaliação demanda tempo e esforço para sistematizar critérios e explicitar comportamentos possíveis em todos os níveis de desempenho. Esses ônus são compensados por muitas vantagens observadas na utilização de rubricas. A primeira, que constitui o argumento central deste texto, é que elas permitem a avaliação de habilidades complexas, contribuindo, portanto, para seu desenvolvimento entre os alunos. Mas há outras vantagens:

 - Embora seja gasto um tempo significativo em sua construção, uma rubrica representa ganho de tempo no momento da atribuição de notas, uma vez que a cada dimensão e nível de desempenho podem ser previamente associados pontuações e pesos.

 - A utilização de rubricas tende a melhorar o desempenho dos alunos, uma vez que permite que o professor possa explicitar de modo claro e oportuno aos alunos o que se espera deles. Com isso, os alunos podem direcionar seus esforços de modo muito mais eficaz.

- A rubrica prepara o caminho para um feedback ágil e de fácil compreensão, especialmente se foi discutida com os alunos antes da realização da tarefa. A agilidade e a clareza do feedback é comprovadamente um dos fatores que permite aos alunos a superação de suas dificuldades.

- A construção de rubricas desenvolve diversas habilidades por parte dos professores. Estimula a reflexão a respeito da relação entre os objetivos pedagógicos e as tarefas propostas; torna o trabalho de avaliar mais objetivo; estimula a comunicação dos critérios e o feedback aos alunos, fazendo crescer a consciência de sua importância; gera maior clareza a respeito das dificuldades e do potencial de cada aluno.

Se queremos atingir objetivos diferentes, é preciso investir tempo e energia para atuar de forma diferente. Esse caminho fica facilitado pelo uso de ferramentas já desenvolvidas por outros professores, como as rubricas.

DESAFIO: Construir uma rubrica para a competência 7 (bit.ly/basedoc1) e que esteja relacionada a uma atividade sugerida por algum grupo participante.

Dicas para construir uma tabela de rubricas:
- Tema e escolha do tipo de atividade
- Objetivo da atividade (o que quero que o aluno desenvolva)
- gradação clara (determinar o máximo e o mínimo para então trabalhar o intermediário)



Imagem utilizada pelo Grupo Amarelo


BIBLIOGRAFIA

BIAGIOTTI, L.C.M. Avaliação em EAD: procedimentos de avaliação educacional em cursos de longa distância da Marinha do Brasil. 2004. Dissertação (Mestrado em Ciências Pedagógicas) – Instituto Superior de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro.

LUDKE, M. O Trabalho com Projetos e a Avaliação na Educação Básica. In: ESTEBAN, M.T.; HOFFMANN, J.; SILVA, J.F. (orgs) Práticas Avaliativas e Aprendizagens Significativas. Porto Alegre: Mediação, 2003, p.67-80.

PORTO, S. Rubricas: otimizando a avaliação em educação online. Disponível em http://www.aquifolium.com/rubricas.html. Acesso em: 24 fev. 2005. SILVA, J.F. Avaliação na Perspectiva Formativa-Reguladora: pressupostos teóricos e práticos. Porto Alegre: Mediação, 2004.



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