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A aprendizagem é um processo ativo desde que nascemos, “combinando trilhas flexíveis e semiestruturadas, em todos os campos (pessoal, profissional, social) que ampliam nossa percepção, conhecimento e competências para escolhas mais libertadoras e realizadoras (MORAN, 2016).” E quando chegamos à escola, o professor atua como mediador e orientador destes processos de construção de conhecimentos significativos, principalmente ao instrumentalizar a sua ação a partir de metodologias ativas que concebam a educação como forma de apontar caminhos para a autonomia e para a formação de uma consciência crítica que nos permita buscar ideias e ações que possam transformar a realidade em que vivemos.
O importante é entender que, na metodologia ativa, o aluno é o protagonista e o maior responsável pelo processo de aprendizado, onde o principal objetivo é desenvolver a capacidade de construir, compreender e ampliar conteúdos de maneira autônoma e participativa. Entre as metodologias ativas, destacam-se a pesquisa como princípio metodológico, a metodologia de Aprendizagem Baseada em Problemas ou Projetos, Estudos de Caso, Aprendizagem entre Pares e Times, Sala de Aula Invertida, entre outras.
Mas para que isso aconteça de fato, a escola enquanto espaço de produção do saber, não pode mais se limitar a função de simples reprodutora de conhecimentos externos e conteúdos pré-definidos. É preciso transformar esse conjunto de saberes que compõe a base de conhecimentos sobre a qual trabalham professores e alunos, ou seja, a cultura escolar que permite pensar ou não em propostas pedagógicas significativas a partir de metodologias ativas e inovadoras.
E nesse processo, é preciso ressignificar a avaliação, que possui uma característica particular, pois o professor avalia o grupo, cada aluno e também o seu próprio trabalho. Da mesma forma, os alunos se autoavaliam, avaliam seus pares e o professor. É um momento precioso de conhecimento sobre si e sobre o outro e que exige uma mudança de postura, uma vez que os alunos, culturalmente, estão acostumados com avaliações estruturadas e objetivas, assim como alguns professores que não saem da zona de conforto ao avaliar.
Essa mudança de paradigma na forma de ensinar e de aprender necessita de uma coerência entre os pressupostos epistemológicos que norteiam a proposta pedagógica e o processo avaliativo.
E acredito que este será o meu maior desafio como profissional da educação e como aluna do curso: estabelecer coerência entre três aspectos (1) a cultura escolar que estou inserida, (2) minha prática educacional e os (3) processos de avaliação, pois ainda são muitas as fragilidades e as inseguranças, mas todas parecem apontar para a mesma direção: investir na formação docente para inovar de fato as práticas educacionais.
Referência Bibliográfica
BACICH, L.; MORAN. J. (Org.). Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma abordagem téorico-prática. Porto Alegre: Penso, 2018
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