“Eu ouço, eu esqueço;
eu vejo, eu lembro;
eu faço, eu aprendo.”
Confúcio
Qual o melhor tipo de aula: trabalhos em grupo, seminários, simulações, projetos, sala de aula invertida, atividade por rotação?
Acredito que o sucesso de qualquer uma dessas metodologias ativas depende de uma mudança: a postura do professor. Esse é o desafio!
Afinal, em tempos de avanços tecnológicos, a figura do professor escrevendo na lousa, de costas para o aluno, não cabe mais. Não que o modelo tradicional seja ruim, mas há outros modelos em cena, ou seja, enquanto no método tradicional o centro da aula é o professor e o aluno pouco colabora, as metodologias ativas permitem que o aluno se torne protagonista da sua aprendizagem e o professor como mediador desse processo.
Temos ainda enraizado em nossa cultura escolar o modelo antigo, mas é importante dizer que a mudança começa a partir do que fazemos da nossa prática.
Pensando nisso, a seguir descrevo alguns pontos importantes sobre o assunto que podem nos ajudar a repensar as práticas de sala de aula.
Desenvolver autonomia:
Ver um aluno como protagonista de seu aprendizado significa, entre outras coisas, oferecer a ele autonomia, estimulando-o a buscar informação e a construir conhecimento a partir de suas experiências. Cabe ao professor mediar o processo de aprendizagem e acompanhar os projetos, do início a finalização.
Aulas dinâmicas:
Incluir novas tecnologias e as ferramentas trazidas por elas durante as aulas poderá contribuir com o protagonismo em sala de aula, mas é importante ressaltar que aluno precisa se sentir parte do processo, interagindo em sala, sugerindo atividades e compartilhando experiências com os outros alunos, pois do contrário corre-se o risco de ser uma ferramenta de uso aleatório.
Criatividade:
Um desafio: como desenvolver a capacidade criativa de cada um? A criatividade é uma função fundamental da inteligência que motiva o aluno a desenvolver o olhar multifocal, pensar fora da caixa e sair do lugar comum. Assim, desenvolve-se a capacidade de analisar as situações, fazer escolhas, corrigir rotas, estabelecer metas, administrar as emoções e gerenciar os pensamentos. Se o ambiente não é favorável, eles se tornam engessados, desinteressados e perdem a curiosidade natural pelas coisas.
Incentivar o pensamento complexo:
Perceber que uma situação pode ser vista de diferentes formas, por diversos pontos de vista é importante para uma educação que visa o protagonismo, pois o aluno que é capaz de perceber a realidade sob diferentes pontos de vista, desenvolvendo o pensamento crítico, fazendo relações entre os assuntos, compreende que não há uma única forma de enxergar a realidade e aprende a expor ideias e opiniões sobre diversos assuntos sem imposição.
Cooperação na sala de aula:
O resultado de ter o aluno como protagonista no processo de aprendizado é positivo e contribui muito para a cooperação na sala de aula. É claro que é necessário estabelecer algumas regras para que essa dinâmica funcione, mas o objetivo é aproveitar o que cada pessoa tem de melhor para um aprender partilhado. Essa forma de aprendizado permite explorar melhor as dificuldades e facilidades de cada aluno, favorecendo a criação de um ambiente mais compreensivo e colaborativo.
Permitir que o aluno também compartilhe seu conhecimento:
Oferecer um espaço em sala de aula para cada pessoa possa partilhar suas experiências e adquirir novos conhecimentos é a essência de um trabalho voltado ao protagonismo na educação. Todos nós temos algo a ensinar e muito a aprender.
Para entender um pouco mais, assista o TED Talks "Três regras para despertar o aprendizado" de Ramsey Musallam:
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