Este é um espaço de interação, compartilhamento e discussão sobre Metodologias Ativas que facilitam o processo de aprendizagem e valorizam o aluno como sujeito e protagonista do seu aprendizado, tornando a sala de aula cada vez mais inovadora, levando a aprendizagem para além dos muros da escola e trazendo o mundo para dentro dela!
As reflexões aqui apresentadas constituem o meu e-Portfólio para o curso "Metodologias ativas para uma educação inovadora" do Instituto Singularidades
O Plickers é uma ferramenta disponível na versão web e aplicativo para dispositivos móveis, de administração de testes rápidos, que permite o professor escanear as respostas e conhecer em tempo real o nível da turma quanto ao entendimento de conceitos e pontos chaves de uma aula. O App gera e salva automaticamente o desempenho individual dos alunos, criando gráficos e dados.
Esses dados são úteis para identificar dificuldades, tendências, estratégias de personalização do ensino, para adotar como critérios de avaliação dentre outros. Além disso, os alunos têm participação ativa no processo, pois informam suas respostas sabendo instantaneamente como foi o seu desempenho.
Isso faz com que os mesmo interajam com os colegas, argumentando suas respostas com os colegas e com o professor. Os benefícios do Plickers é vasto e comprovado. Eu e muitos professores já testamos e aprovamos. E sinceramente, pra mim, é uma das ferramentas mais incríveis que já conheci.
Como fazer?
Cadastramento de Questões: É possível elaborar dois tipos de questões: de múltipla escolha e verdadeiro/falso. Além disso, é possível criar pastas para melhor organizá-las: por ano, série, assunto etc.
Cadastramento de turmas: O professor ao cadastrar uma turma insere o nível de ensino e área de conhecimento da matéria. Além disso, é preciso também cadastrar os alunos de um a um com seus respectivos nomes. Quando o professor escolhe uma questão e deve informar em qual turma o teste vai ser aplicado. Assim, o aplicativo reconhece quais são os alunos que irão responder a questão.
ATENÇÃO: Os procedimentos de cadastrar questões e turmas devem ser feitos no aplicativo na versão Web. O App para dispositivo móvel é útil somente para, na sala de aula, o professor escolher as questões e capturar as respostas através de um scanner com a câmera do dispositivo.
Aplicação de Testes: Para aplicar o teste e colher as respostas, o professor deve imprimir uma espécie de cartão para cada aluno, que é disponibilizado na plataforma ao cadastrar os alunos. Cada aluno é representado por um cartão com um número. Assim, o professor entrega aos alunos os cartões com seus respectivos números. Depois, o professor seleciona a questão no aplicativo web, projeta a questão onde todos vejam, e através do App no smartphone, escaneia as respostas nos cartões dos alunos. É através da posição dos cartões, que os alunos mostram ao professor, que o App reconhece as respostas e disponibiliza os dados do desempenho da turma. (Acompanhe o próximo Post com o Tutorial da utilização dos cartões).
Cadastro: Sim, precisa. Porém, somente pelo sistema de cadastro da plataforma, que solicita nome, sobrenome, e-mail e senha. O Plickers não faz integração de informações do Google nem de outro serviço.
Necessidade de Conexão: Tanto para trabalhar no aplicativo web quanto no mobile é necessário de conexão com internet. Além disso, na transmissão dos testes na sala de aula também é necessário ter um projetor e um computador com o aplicativo web disponível, para sincronizar com o dispositivo móvel, e mostrar as questões e desempenho aos alunos.
Gratuidade: O plickers é uma ferramenta 100% gratuita.
Linguagem: Inglês, porém bastante intuitivo e fácil de usar.
Aproveite e navegue também pelo NEARPOD e EVERNOTE, duas plataformas super inovadoras.
STEM é um termo em inglês que conceitua a união dos conceitos ciências, tecnologia, engenharia e matemática(Science, Technology, Engineeringand Math) em uma única metodologia. Sua variação, STEAM, inclui também artes (Arts).
O desenvolvimento de habilidades STEAM se baseia muito mais no ensino voltado a projetos e o ideal é que os professores tragam para a sala de aula temas relacionados ao cotidiano.
Como STEAM se diferencia de STEM na prática?
De maneira bem resumida, podemos dizer que STEM trata de como você faz as coisas, já o STEAM incentiva a descoberta do porquê está fazendo essas coisas.
O processo de STEAM tem cinco etapas básicas, que relatamos a seguir:
1 – Investigar
2 – Descobrir
3 – Conectar
4 – Criar
5 – Refletir
Com o STEAM, alunos experimentam e vivenciam o pensamento científico de maneira interpretativa e reflexiva, seja por meio de brincadeiras na Educação Infantil ou em projetos interdisciplinares para turmas mais avançadas.
Em atividades focadas na metodologia STEAM, alunos resolvem problemas, pensam ‘’fora da caixa’’ e se beneficiam de um aprendizado interdisciplinar.
Já o professor atua como um guia no processo de aprendizagem. Ele é responsável por oferecer mentoria e apoio às equipes (viu que aqui o trabalho é feito de forma colaborativa!) e também aprende com esse novo método de trabalho integrado.
Porque essa metodologia importa tanto nos dias de hoje?
A metodologia STEAM tem foco no desenvolvimento de algumas habilidades essenciais para o aluno do século XXI, tais como:
•Criatividade, imaginação e inovação. •Pensamento crítico e resolução de problemas. •Comunicação e colaboração. •Flexibilidade e adaptabilidade. •Habilidades sociais e culturais. •Capacidade de lidar com diferentes situações.
Em projetos de STEAM, os alunos começam a desenvolver essas habilidades de forma mais interativa e autônoma. Constroem, fazem protótipos, criam, solucionam problemas e interpretam suas próprias criações.
Importante: É dever da escola de hoje incentivar e treinar essas habilidades em seus alunos. Isso faz parte do que chamamos de Educação 4.0.
Saiba mais sobre o assunto: http://stemtosteam.org
No TEDxBocaRaton realizado na Florida, Océane Boulais fala sobre a importância do STEAM nos dias de hoje.
Em setembro, participamos do seminário sobre REA – Recursos Educacionais Abertos, com a Professora Débora Sebriam.
Os REA são materiais para ensinar, aprender e pesquisar, que estão em domínio público ou são publicados com licença de propriedade intelectual e que permita sua livre utilização, adaptação e distribuição.
A UNESCO acredita que o acesso universal à educação de alta qualidade é a chave para se construir a paz, o desenvolvimento social e econômico sustentável, e o diálogo intercultural.
Os Recursos Educacionais Abertos (REA) oferecem uma oportunidade estratégica para melhorar a qualidade da educação, bem como facilitar o diálogo sobre políticas públicas, o compartilhamento de conhecimento e a capacitação.
Em 2001, o Massachusetts Institute of Technology (MIT), em uma iniciativa sem precedentes, anunciou a liberação em acesso livre, na internet, de quase todos os seus cursos.
No link abaixo, encontram-se REA no Brasil e no mundo.
No início de setembro, participamos do Seminário ministrados por Gabrielle Telles sobre “Storytelling”.
Para um professor, tão importante quanto dominar o conteúdo, é saber contar uma boa história, envolver os alunos e instigá-los a fazer experiências em torno de seus estímulos.
Para isso, é necessário construir narrativas quer conectem diferentes conhecimentos e os apresente de forma contextualizada, interessante e irresistível. Contar boas historias pode ser o grande fio condutor para criar interesse nos alunos.
O desenvolvimento do storytelling nas escolas cria um momento de envolvimento e traz importantes benefícios:
Abrir espaço para rodas de conversas e interações;
Aumentar o entusiasmo dos alunos pela leitura de textos, em busca de novas histórias ou a releitura da história ouvida;
Incentivar a escrita, principalmente a da história ouvida;
Melhorar a interação entre os alunos da sala;
Melhorar a atenção e capacidade de ouvir;
Despertar a vontade de interpretar, incluindo a interpretação teatral;
Estimular a expressão e comunicação oral;
Como o professor pode se preparar?
As principais dicas para os professores que querem desenvolver o storytelling nas escolas são:
1 – Façam uma pesquisa bibliográfica, leiam diversos contos populares, fábulas e lendas;
2 – Assista aos contadores de histórias profissionais e anote como eles fazem isso. Cada contador tem um estilo próprio e diferente, vocês podem aprender muitas coisas com eles;
3 – Desenvolva sua confiança lendo para seus alunos livros ilustrados, fazendo alterações na voz e fazendo perguntas. Faça uma leitura interativa e compartilhada.
4 – Escolha histórias com poucos personagens e com cenas que se repetem, pois são mais fáceis de lembrar. Não escolha apenas a história que você conhece, escolha aquelas que você mais gosta, porque se ela te encanta, irá encantar as crianças também;
5 – Escreva a história com a sua própria linguagem em um caderno. Isso ajuda a lembrar das sequências da narrativa. O mesmo vale para as crianças depois de ouvi-la;
6 – Quando você começar a contar sua história, tenha o livro por perto para o caso de esquecer algum trecho. Não seja tão duro com você, dê-se a chance de errar, pois ainda está aprendendo;
7 – Use uma caixa com tecidos e acessórios, como chapéus e objetos variados. Isso ajuda muito na imaginação das crianças.
No dia 10 de novembro, pudemos conhecer um pouco dos espaços de criação digital na escola, no seminário com a Profa. Helena Mendonça.
Em tempos de grandes desafios, no que diz respeito ao uso de tecnologias e a relação que crianças e jovens estabelecem com o mundo digital, é importante que a escola ofereça espaços de criação digital. Espaços estes nos quais os alunos possam criar, compartilhar uns com os outros, entrar em contato com referências e aprender a analisá-las.
Neste seminários, tivemos a oportunidade de programar no Scratch onde a ideia é a “construção” da programação, ou seja, construir as ações de um personagem, de um objeto ou do cenário, que é chamada pelos desenvolvedores do aplicativo de tinkering, que é o fazer, o encaixar e desencaixar, construir e desconstruir, sempre com base na tentativa e erro. Além disso, a proposta dos desenvolvedores é que seus usuários “aprendam a programar e programem para aprender”.
No dia 10 de novembro, com Julia Andrade, conversamos sobre “Rotinas de Pensamento” através de uma vivência teórico-prática da "Abordagem da Aprendizagem Visível".
Em seu vídeo da Galeria de Pensadores (vídeo disponível abaixo), Cesar Nunes, doutor em Física e especialista em Ensino para a Compreensão e Avaliação Educacional, explica a importância de estimular a curiosidade dos alunos sobre o mundo. Para isso, ele menciona uma estratégia criada na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos: as rotinas de pensamento.
Tudo começou com um grupo de pesquisa da Faculdade de Educação de Harvard chamado Project Zero. Os participantes do Project Zero estudam como é o aprendizado de crianças e adultos em diferentes aspectos e como isso pode ser melhorado. Dentre seus vários projetos está o Pensamento Visível, que tem o objetivo de fazer com que os alunos mantenham o hábito de questionar, debater e refletir. Assim, eles expõem seus pensamentos e fazem mais conexões entre as matérias da escola e o que vivem no dia a dia.
A ideia das rotinas de pensamento também é incentivar essa reflexão dentro e fora da sala de aula. As rotinas são sequências simples e curtas de perguntas, que podem ser encaixadas em qualquer matéria. Cada uma tem um propósito diferente, como analisar situações, explicar ideias e explorar diferentes pontos de vista. E quanto mais são feitas, mais os estudantes se acostumam a ter consciência sobre o pensamento. Cesar já aplicou essa estratégia em escolas do Brasil, e disse que teve um impacto muito rápido entre os alunos. “No começo eles não querem falar, mas quando alguns começam, todos acabam se envolvendo e exercitam a curiosidade juntos. Isso muda o olhar deles para o mundo”, conta o físico.
Para que as rotinas fiquem ainda mais interativas, elas também podem ser feitas com a ajuda de ferramentas digitais, como o Facebook, o Edmodo (uma rede social voltada para a educação) e o Padlet (que é como um mural de recados online). Com essas ferramentas, todos conseguem postar suas ideias ao mesmo tempo e de forma organizada. Cesar ainda comenta que dá para usar as rotinas durante as atividades de TIM Faz Ciência. “O contrário também é possível. Podemos pensar em quais operações estamos usando para fazer as rotinas”, diz.
No site do projeto Pensamento Visível há exemplos de rotinas, mas estão em inglês. Por isso, separei três para começarmos a praticar!
Rotina do Deslumbramento
Para estimular a curiosidade. Apresente um objeto, um vídeo, uma experiência, uma obra de arte ou outras coisas interessantes e faça as seguintes perguntas:
• O que você está vendo?
• O que você pensa sobre isso?
• O que te impressiona nisso?
Rotina da Bússola
As perguntas usam como base os pontos cardeais para avaliar propostas e situações.
• O: O que tem de otimista (positivo) na proposta ou situação?
• N: O que tem de negativo?
• L: O que mais podemos descobrir para avaliá-la melhor (expandir o conhecimento lateralmente)?
• S: Quais suas opiniões e sugestões para melhorá-la?
Rotina do Cabo de Guerra
A brincadeira de cabo de guerra é transformada em um debate para que as crianças entendam a complexidade de um dilema. Escolha uma questão com dois lados: positivo e negativo, contra e a favor. Estes são os lados do cabo de guerra, e as crianças vão defender cada posição. Você pode até desenhar uma corda na lousa e colocar post-its para os diferentes argumentos, representando a força de cada um dos lados da corda. No final, os alunos escolhem quais foram os melhores argumentos e apresentam as novas reflexões que tiveram sobre o assunto depois da atividade.
Qual o melhor tipo de aula: trabalhos em grupo, seminários, simulações, projetos, sala de aula invertida, atividade por rotação?
Acredito que o sucesso de qualquer uma dessas metodologias ativas depende de uma mudança: a postura do professor. Esse é o desafio!
Afinal, em tempos de avanços tecnológicos, a figura do professor escrevendo na lousa, de costas para o aluno, não cabe mais. Não que o modelo tradicional seja ruim, mas há outros modelos em cena, ou seja, enquanto no método tradicional o centro da aula é o professor e o aluno pouco colabora, as metodologias ativas permitem que o aluno se torne protagonista da sua aprendizagem e o professor como mediador desse processo.
Temos ainda enraizado em nossa cultura escolar o modelo antigo, mas é importante dizer que a mudança começa a partir do que fazemos da nossa prática.
Pensando nisso, a seguir descrevo alguns pontos importantes sobre o assunto que podem nos ajudar a repensar as práticas de sala de aula.
Desenvolver autonomia:
Ver um aluno como protagonista de seu aprendizado significa, entre outras coisas, oferecer a ele autonomia, estimulando-o a buscar informação e a construir conhecimento a partir de suas experiências. Cabe ao professor mediar o processo de aprendizagem e acompanhar os projetos, do início a finalização.
Aulas dinâmicas: Incluir novas tecnologias e as ferramentas trazidas por elas durante as aulas poderá contribuir com o protagonismo em sala de aula, mas é importante ressaltar que aluno precisa se sentir parte do processo, interagindo em sala, sugerindo atividades e compartilhando experiências com os outros alunos, pois do contrário corre-se o risco de ser uma ferramenta de uso aleatório.
Criatividade: Um desafio: como desenvolver a capacidade criativa de cada um? A criatividade é uma função fundamental da inteligência que motiva o aluno a desenvolver o olhar multifocal, pensar fora da caixa e sair do lugar comum. Assim, desenvolve-se a capacidade de analisar as situações, fazer escolhas, corrigir rotas, estabelecer metas, administrar as emoções e gerenciar os pensamentos. Se o ambiente não é favorável, eles se tornam engessados, desinteressados e perdem a curiosidade natural pelas coisas.
Incentivar o pensamento complexo:
Perceber que uma situação pode ser vista de diferentes formas, por diversos pontos de vista é importante para uma educação que visa o protagonismo, pois o aluno que é capaz de perceber a realidade sob diferentes pontos de vista, desenvolvendo o pensamento crítico, fazendo relações entre os assuntos, compreende que não há uma única forma de enxergar a realidade e aprende a expor ideias e opiniões sobre diversos assuntos sem imposição.
Cooperação na sala de aula:
O resultado de ter o aluno como protagonista no processo de aprendizado é positivo e contribui muito para a cooperação na sala de aula. É claro que é necessário estabelecer algumas regras para que essa dinâmica funcione, mas o objetivo é aproveitar o que cada pessoa tem de melhor para um aprender partilhado. Essa forma de aprendizado permite explorar melhor as dificuldades e facilidades de cada aluno, favorecendo a criação de um ambiente mais compreensivo e colaborativo.
Permitir que o aluno também compartilhe seu conhecimento:
Oferecer um espaço em sala de aula para cada pessoa possa partilhar suas experiências e adquirir novos conhecimentos é a essência de um trabalho voltado ao protagonismo na educação. Todos nós temos algo a ensinar e muito a aprender.
Para entender um pouco mais, assista o TED Talks "Três regras para despertar o aprendizado" de Ramsey Musallam:
O módulo "Aprendizagem Baseada em Jogos e Gamificação", ministrado pelo professor Tiago Eugenio, nos proporcionou conhecer jogos, tanto analógicos como digitais, compreendendo-os como recursos adequados para uma boa aprendizagem. Jogando e refletindo sobre cada jogo, desenvolvemos um olhar crítico, a partir dos estudos das neurociências e pela análise das dinâmicas, mecânicas e componentes comuns aos jogos.
Nesse processo, entendemos a gamificação como uma metodologia ativa adequada para uma educação inovadora e centrada no aluno e o quanto os jogos impactam a cognição, a emoção e a motivação.
Gamificação está relacionada com a ideia de narrativas, autonomia, significados, desafio, tomada de decisão e senso de controle e domínio.
Fonte da imagem: http://info.geekie.com.br/gamificacao/
Em nossa última aula do módulo, retomamos a importância das múltiplas linguagens dentro do contexto escolar e retomamos os assuntos abordados: multiletramentos, espaços escolares, protagonismo à partir de Aprendizagem Baseada em Problemas.
E, a partir destes referencias, refletimos sobre o que é ODA - Objetos Digitais de Aprendizagem.
ODA (Objeto Digital de Aprendizagem) é um recurso que pode ser utilizado como ferramenta pedagógica dentro e fora da sala de aula pelos professores, com o propósito de facilitar o processo de aprendizagem dos alunos. Também conhecidos como “recursos digitais de aprendizagem”, os ODAs auxiliam os professores a planejar aulas mais criativas, contribuindo para personalização do ensino e colaborando com as plataformas, tais como moodle, edmodo e google classroom.
O módulo "Linguagem e Espaços de Aprendizagem: Relações Interdisciplinares" nos proporcionou muitas aprendizagens, mas o conceito de Cidades Educadoras e suas reflexões foi um dos que mais me mobilizou a ir além!
E o que é uma Cidade Educadora?
Uma Cidade Educadora é aquela que, para além de suas funções tradicionais, reconhece, promove e exerce um papel educador na vida dos sujeitos, assumindo como desafio permanente a formação integral de seus habitantes. Na Cidade Educadora, as diferentes políticas, espaços, tempos e atores são compreendidos como agentes pedagógicos, capazes de apoiar o desenvolvimento de todo potencial humano.
Este conceito ganhou força e notoriedade com o movimento das Cidades Educadoras, que teve início em 1990 com o I Congresso Internacional de Cidades Educadoras, realizado em Barcelona, na Espanha. Neste encontro, um grupo de cidades pactuou um conjunto de princípios centrados no desenvolvimento dos seus habitantes que orientariam a administração pública.
Organizados na Carta das Cidades Educadoras, cuja versão final foi aprovada em 1994, no III Congresso Internacional, em Bolonha (Itália), essas premissas traduzem o compromisso dos signatários com a construção de cidades mais inclusivas, mais justas e mais participativas, com especial destaque para a criação de mecanismos que permitam às crianças e adolescentes vivenciarem plenamente sua cidadania: “A Cidade Educadora deve ocupar-se prioritariamente com as crianças e jovens, mas com a vontade decidida de incorporar pessoas de todas as idades, numa formação ao longo da vida”
A Carta é ainda hoje o referencial mais importante da Associação Internacional de Cidades Educadoras, que reúne mais de 482 cidades em 36 países do globo. Atualmente, 16 municípios compõem a Rede Brasileira de Cidades Educadoras. Entre eles: São Paulo, Santo André, Horizonte, Mauá, Embu, Belo Horizonte, Sorocaba, São Carlos, entre outros.
Fonte: http://cidadeseducadoras.org.br
No Brasil, quinze cidades são associadas: Belo Horizonte, Campo Novo do Parecis, Caxias do Sul, Itapetininga, Jequié, Porto Alegre, Santiago, Santo André, Santos, São Bernardo do Campo, São Carlos, São Paulo, São Pedro, Sorocaba e Vitória.
A função das cidades educadoras é ter um projeto cultural e formativo eficiente, de modo que os cidadãos sejam capazes de se expressar e desenvolver seus potenciais humanos, com singularidade, criatividade e responsabilidade, além de promover condições de plena igualdade para que todos possam se sentir respeitados, sob uma perspectiva dialógica. E, ainda, agregar iniciativas e ações públicas possíveis para que a sociedade se construa com base no conhecimento não excludente, de modo que toda a população tenha suprida suas necessidades e acesso às tecnologias de informação e comunicação que permitem seu desenvolvimento.
Localização das cidades educadoras no globo. Fonte: AICE
Conheça cinco experiências de cidades educadoras pelo mundo (publicado em 10/04/2014):
Na primeira aula do módulo "Linguagem e Espaços de Aprendizagem: Relações Interdisciplinares", ministrada pelo professor Marcelo Ganzela, já fomos instigados a refletir:
"de que maneira pensar nas práticas das múltiplas linguagens, no aprendizado, pode permitir aos jovens tornarem-se sujeitos protagonistas na construção do conhecimento?"
Super desafio!
Na aula, foram muitas discussões, opiniões, relatos, alguns favoráveis e adeptos do conceito, outros ainda com a dificuldade para discernir entre o protagonismo e o fazer-o-que-quiser em sala de aula.
E aqui vale realmente deixar algumas diferenças bem claras: uma proposta educacional centrada no aluno não significa uma carta branca para bagunça ou desordem fora de hora e de contexto. Ao contrário, deve se basear em atividades orientadas que ressaltem a autonomia do aluno, e a responsabilidade sobre suas ações ou falta delas.
Ao longo da conversa, muitas ideias foram debatidas e, hoje, gostaria de compartilhar três delas para aqui para reflexão:
1) O protagonismo do aluno deve estar centrado na eficiência do aprendizado, não só do ensino. Ensinar deve garantir o aprendizado e, para isso, o aluno e suas particularidades para aprender devem ser observadas constantemente;
2) O incentivo à curiosidade instiga o protagonismo. Em um mundo onde a informação está na ponta dos dedos, mais importante que cobrar uma resposta é estimular questionamentos que levem à inquietação para encontrar e interpretar os resultados de uma pesquisa, por exemplo, ou levar casos práticos de aplicação do que é aprendido;
3) A autoria é outro elemento fundamental do protagonismo. Com as ferramentas que a tecnologia permite o acesso, criar uma música, construir mundos virtuais, fazer um canal de vídeos e escrever um livro, são ações que valorizam o conhecimento adquirido e, principalmente, reforçam a autoestima do aluno para que ele queira aprender e buscar cada vez mais.
Vídeo produzido para a abertura do especial "Personalização do ensino: como colocar o aluno no centro da educação". Nas imagens, alunos do Projeto Âncora, em Cotia (SP), aprendem de acordo com os seus interesses. Visite: http://www.porvir.org/especiais/perso
Para complementar:
Uma pesquisa da E-Learning Infographics coletou alguns dados a respeito da opinião de professores quanto à utilização de vídeos em sala de aula.
Veja abaixo nosso infográfico que mostra os principais resultados.
Fonte da Imagem: https://elearninginfographics.com/the-impact-of-video-in-education-infographic
A ideia de personalizar não quer dizer que deva ser criado um modelo que funciona para todos, mas sim um formato autêntico que atenda às necessidades de todos os alunos.
As tendências podem ser usadas como uma maneira de olhar para as diferentes características de cada aluno, além de apoiar a adaptação do sistema e dos processos à medida que eles aprendem, crescem e mudam. Professores são estudantes também, e isso significa ter um sistema capaz de desenvolver e apoiar a mudança.
A sala de aula invertida é um conceito com base no ensino híbrido, que se caracteriza por juntar dois sistemas de ensino: o on-line e o off-line. No on-line, o aluno estuda sozinho, no tempo e no ritmo que desejar, em casa ou em qualquer outro lugar, no celular, tablet, computador ou com livros. Já no off-line, o estudante se junta ao grupo, interagindo com seus colegas e professores, numa aprendizagem coletiva e colaborativa.
São duas formas de aprender que se complementam, potencializando o trabalho do professor e o aprendizado dos alunos.
No modelo de aula invertida, os alunos estudam previamente os conteúdos disponibilizados pelos professores, que podem ser videoaulas, podcasts, textos, games, slides, e-books, ou qualquer outro material disponível que possa servir de meio para uma aprendizagem dinâmica, autônoma e inovadora.
Com os conteúdos estudados, os alunos partem para a sala de aula e é o momento de aprofundar conceitos, desenvolver atividades em grupo, tirar dúvidas e serem avaliados.
A aprendizagem é, portanto consequência dessa interatividade!
Na nossa aula do módulo Ensino Híbrido e Educação na Cultura Digital, do professor Leandro Holanda, recebemos o desafio de criar uma sala de aula invertida:
1) Escolher na BNCC uma habilidade que será desenvolvida;
2) Planejar uma aula de acordo com o modelo abaixo:
3) Gravar um vídeo a partir dos editores sugeridos em aula: Powtoon, Explain Everything, Show Me, Hangouts On Air, Screencast Matic. (a gravação - obviamente - não precisa ser profissional, pois estamos aprendendo a usar a ferramenta).
4) Elaborar uma rubrica de avaliação da atividade.
Livro sugerido: Sala de aula invertida – Uma metodologia ativa de aprendizagem
BERGMANN E SAMS, Editora LTC.
Neste livro, os criadores do conceito explicam como usar adequadamente a metodologia e as tecnologias associadas, obtendo mais autonomia, mais motivação e melhor desempenho.
Híbrido
vem de cruzamento, combinação, convergência. É uma associação de duas coisas
que podem ser diferentes e se complementam.
Em
muitas escolas, o ensino híbrido está emergindo como uma inovação sustentada em
relação à sala de aula tradicional. Esta forma híbrida é uma tentativa de
oferecer “o melhor de dois mundos” — isto é, as vantagens da educação online
combinadas com todos os benefícios da sala de aula tradicional. Por outro lado,
outros modelos de ensino híbrido parecem ser disruptivos em relação às salas de
aula tradicionais. Eles não incluem a sala de aula tradicional em sua forma
plena; eles frequentemente têm seu início entre não-consumidores; eles oferecem
benefícios de acordo com uma nova definição do que é bom; e eles tendem a ser
mais difíceis para adotar e operar.
Alguns
exemplos de Ensino Híbrido
Rotação por
Estações
Ocorre quando o
espaço (sala de aula) é dividido em estações de trabalho com objetivos
específicos, sendo uma delas no modelo online e com novas tecnologias na
educação. Dentro de cada estação, há tarefas para serem feitas pelos alunos, sendo
uma depende da outra e todas se completam. A proposta é que todos alcancem os
objetivos propostos pelo educador, independente de tempo e de quantidade de
polos.
Rotação Individual
Na rotação
individual, por sua vez, os alunos contam com desafios em diversos níveis,
personalizados de acordo com uma dificuldade ou necessidade. Ao contrário da
rotação por estações, não é obrigatório que o indivíduo passe por todas as
opções, mas sim por aquelas que são recomendadas para o seu aprendizado.
Sala de Aula Invertida
Esse ponto se forma
a partir de três recomendações básicas. A primeira delas é que os alunos
busquem referências e materiais a respeito de determinado tema ou assunto
sugerido e gerenciado pelo professor fora da escola. Pode ser em casa e com as
pessoas mais próximas. Depois, a partir desses conceitos, eles criam junto
ao educador um modelo de aula, baseados na pluralidade de informações e dados
que encontraram e compreenderam. Assim, por fim, ocorre um aprofundamento da
matéria e do conhecimento. Após a formação de um plano e de uma metodologia
específica, os alunos têm autonomia para buscar mais resultados e materiais,
usando, sobretudo, os meios interativos e digitais (internet) do meio externo
para que, posteriormente, possam fortalecer o debate. A ideia, nesse caso, é
que toda a sala participe, independente dos resultados de cada um.
Laboratório
Rotacional
Já o laboratório
rotacional é um dos modelos mais conhecidos dentro do ensino híbrido que é
colocado em prática atualmente em todos os ramos educacionais. Nesse caso, o
objetivo é dividir os alunos nos dois espaços de trabalho existentes: o
convencional (sala de aula), com seus recursos básicos, e o laboratório
tecnológico e online, com todos os aparatos necessários e visando as novastecnologias
na educação. De acordo com o plano de aula, o professor pode estipular um
tempo de permanência em um ambiente e abordar a matéria de modos
diversificados, com visões de acordo com cada espaço. O ideal é que os alunos
alternem entre cada local e que um combine com o outro: se houve a abordagem de
uma atividade de matemática na sala, é recomendado usar um programa ou jogo que
tenha relação com a mesma, por exemplo.
Modelo Flex
É aquele no qual
o ensino online é a espinha dorsal do aprendizado do aluno, mesmo que ele o
direcione para atividades offline em alguns momentos. Os estudantes seguem um
roteiro fluido e adaptado individualmente nas diferentes modalidades de ensino,
e o professor responsável está na mesma localidade.
Modelo A La Carte
É aquele no qual
os alunos participam de um ou mais cursos inteiramente online, com um professor
responsável online e, ao mesmo tempo, continuam a ter experiências educacionais
em escolas tradicionais. Os alunos podem participar dos cursos online tanto nas
unidades físicas ou fora delas.
Modelo Virtual
Enriquecido
É uma experiência
de escola integral na qual, dentro de cada curso (ex: matemática), os alunos
dividem seu tempo entre uma unidade escolar física e o aprendizado remoto com
acesso a conteúdos e lições online.
Fonte da Imagem: extraída do artigo "Ensino Híbrido: uma Inovação Disruptiva?
Uma introdução à teoria dos híbridos". MAIO 2013
por Clayton M. Christensen, Michael B. Horn, e Heather Staker.
A aprendizagem é um processo ativo desde que nascemos, “combinando trilhas flexíveis e semiestruturadas, em todos os campos (pessoal, profissional, social) que ampliam nossa percepção, conhecimento e competências para escolhas mais libertadoras e realizadoras (MORAN, 2016).” E quando chegamos à escola, o professor atua como mediador e orientador destes processos de construção de conhecimentos significativos, principalmente ao instrumentalizar a sua ação a partir de metodologias ativas que concebam a educação como forma de apontar caminhos para a autonomia e para a formação de uma consciência crítica que nos permita buscar ideias e ações que possam transformar a realidade em que vivemos.
O importante é entender que, na metodologia ativa, o aluno é o protagonista e o maior responsável pelo processo de aprendizado, onde o principal objetivo é desenvolver a capacidade de construir, compreender e ampliar conteúdos de maneira autônoma e participativa. Entre as metodologias ativas, destacam-se a pesquisa como princípio metodológico, a metodologia de Aprendizagem Baseada em Problemas ou Projetos, Estudos de Caso, Aprendizagem entre Pares e Times, Sala de Aula Invertida, entre outras.
Mas para que isso aconteça de fato, a escola enquanto espaço de produção do saber, não pode mais se limitar a função de simples reprodutora de conhecimentos externos e conteúdos pré-definidos. É preciso transformar esse conjunto de saberes que compõe a base de conhecimentos sobre a qual trabalham professores e alunos, ou seja, a cultura escolar que permite pensar ou não em propostas pedagógicas significativas a partir de metodologias ativas e inovadoras.
E nesse processo, é preciso ressignificar a avaliação, que possui uma característica particular, pois o professor avalia o grupo, cada aluno e também o seu próprio trabalho. Da mesma forma, os alunos se autoavaliam, avaliam seus pares e o professor. É um momento precioso de conhecimento sobre si e sobre o outro e que exige uma mudança de postura, uma vez que os alunos, culturalmente, estão acostumados com avaliações estruturadas e objetivas, assim como alguns professores que não saem da zona de conforto ao avaliar.
Essa mudança de paradigma na forma de ensinar e de aprender necessita de uma coerência entre os pressupostos epistemológicos que norteiam a proposta pedagógica e o processo avaliativo.
E acredito que este será o meu maior desafio como profissional da educação e como aluna do curso: estabelecer coerência entre três aspectos (1) a cultura escolar que estou inserida, (2) minha prática educacional e os (3) processos de avaliação, pois ainda são muitas as fragilidades e as inseguranças, mas todas parecem apontar para a mesma direção: investir na formação docente para inovar de fato as práticas educacionais.
Referência Bibliográfica
BACICH, L.; MORAN. J. (Org.). Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma abordagem téorico-prática. Porto Alegre: Penso, 2018
Infelizmente, perdi a aula do dia 02 de abril e precisei realizar algumas leituras (referências abaixo), bem como o material elaborados pelos grupos em aula, que também foram de extrema ajuda! Para o e-Portfólido escolho um breve estudo sobre as Rubricas na Aprendizagem. Sobre Rubricas...
Podemos definir
rubricas, na educação, como esquemas explícitos para classificar produtos ou
comportamentos, em categorias que variam ao longo de um processo, tais como
redações, ensaios, trabalhos de pesquisa, apresentações orais e atividades.
A avaliação pode
ser feita pelos próprios alunos, professores, supervisores de trabalho ou
revisores externos. E as rubricas podem ser usadas para promover feedback
formativo, atribuir notas ou avaliar programas.
Para Ludke (2003), “as rubricas partem
de critérios estabelecidos especificamente para cada curso, programa ou tarefa
a ser executada pelos alunos e estes eram avaliados em relação a esses critérios”.
(p.74).
Segundo Porto
(2005), os pontos mais importantes, a partir das definições de rubricas, são:
- Rubricas necessitam ser feita sob medida
para as tarefas ou produtos que se pretende avaliar;
- Rubricas
precisam descrever níveis de desempenho, de competências, na realização de
tarefas específicas, ou de um produto específico e esses níveis devem ser
descritos em detalhe e serem associados a uma escala de valores;
- No seu
conjunto, esses níveis de competência, descrevem qualquer resultado possível sobre
o desempenho de um aluno; e
- Rubricas
determinam expectativas de desempenho.
Elas permitem avaliar
os objetivos do projeto, da pesquisa, da atividade proposta, atribuindo notas
de forma clara, honesta e rica em informação para o aluno, porém, ao
utilizá-las devemos ter sempre em mente o sentido da avaliação que desejamos.
“O sentido da avaliação é compreender o que
se passa na interação entre o ensino e a aprendizagem para uma intervenção
consciente e melhorada do professor, refazendo o seu planejamento e o seu
ensino e para que o aprendente tome consciência também de sua trajetória de
aprendizagem e possa criar suas próprias estratégias de aprendizagem. Nesse
ponto de vista, a produção do aluno, inclusive o erro, é compreendida como uma
fonte riquíssima de conhecimento da dinâmica da qualidade e do trabalho
pedagógico e do caminho de aprendizagem discente. Mapear a reação do aprendente
à intervenção docente é a razão de ser do processo avaliativo em sala de aula.
Esse mapeamento tem como fim possibilitar uma diversificação didática sintonizada
e proximal das necessidades do educando”. ( Silva, 2004, p.60).
E neste contexto,
a auto-avaliação se torna uma etapa importante do processo, mas os alunos, de
um modo geral, não estão acostumados à auto-avaliação e para começar a adotar
essa prática, as rubricas funcionam como um eficiente guia, pois com elas os
alunos tornam-se capazes de avaliar seus trabalhos antes da entrega ao
professor. Se as rubricas forem bem feitas e detalhadas, os alunos sentem
facilidade para verificar se os requisitos e as expectativas dos professores
fora alcançadas. Quanto mais detalhadas forem as rubricas, menos espaço para a
subjetividade existirá nesse processo. Dispondo de uma avaliação prévia feita
pelo próprio aluno, o professor tem condições de se concentrar na
complementação desta auto-avaliação e proporcionar um feedback, apontando os
pontos a melhorar em seu trabalho.
É importante
lembrarmos que não existe uma receita ou um modelo a ser seguido, pois cada
rubrica deve ser desenhada para o quadro que se espera, mas é necessário que os
professores definam os resultados da aprendizagem ou os objetivos que esperam alcançar
com os alunos. A partir daí, definir os níveis de critérios, variando-os da
mais elevada performance até a mais baixa que possa ser esperada para a tarefa
em questão. Feito isso, deve descrever cada nível, e se certificar de que ele
vai ser entendido claramente pelos alunos.
Não devemos
colocar mais do que seis níveis na descrição das rubricas, pois sempre existem
os níveis intermediários que poderão ser observados.
Após a definição
da escala de valores, se assegure de que essa escala está oferecendo a
distinção desejada entre os níveis de desempenho e a pontuação final do
trabalho esperado. Apresente as rubricas sob a forma de uma lista ou de uma
matriz, de modo a não deixar dúvidas de apresentação, e sempre que aparecer um
problema seja com as palavras utilizadas na descrição dos níveis, ou de
inconsistência na pontuação, faça a mudança que for necessária. Lembre-se que
ao reutilizar rubricas, é desejável fazer uma revisão antes da sua aplicação, e
alguns ajustes se necessário.
Concluindo, a
construção de uma rubrica de avaliação demanda tempo e esforço para
sistematizar critérios e explicitar comportamentos possíveis em todos os níveis
de desempenho. Esses ônus são compensados por muitas vantagens observadas na
utilização de rubricas. A primeira, que constitui o argumento central deste
texto, é que elas permitem a avaliação de habilidades complexas, contribuindo,
portanto, para seu desenvolvimento entre os alunos. Mas há outras vantagens:
- Embora seja gasto
um tempo significativo em sua construção, uma rubrica representa ganho de tempo
no momento da atribuição de notas, uma vez que a cada dimensão e nível de
desempenho podem ser previamente associados pontuações e pesos.
- A utilização de rubricas
tende a melhorar o desempenho dos alunos, uma vez que permite que o professor
possa explicitar de modo claro e oportuno aos alunos o que se espera deles. Com
isso, os alunos podem direcionar seus esforços de modo muito mais eficaz.
- A rubrica prepara o caminho
para um feedback ágil e de fácil compreensão, especialmente se foi discutida
com os alunos antes da realização da tarefa. A agilidade e a clareza do
feedback é comprovadamente um dos fatores que permite aos alunos a superação de
suas dificuldades.
-A construção de rubricas desenvolve diversas
habilidades por parte dos professores. Estimula a reflexão a
respeito da relação entre os objetivos pedagógicos e as tarefas propostas;
torna o trabalho de avaliar mais objetivo; estimula a comunicação dos critérios
e o feedback aos alunos, fazendo crescer a consciência de sua importância; gera
maior clareza a respeito das dificuldades e do potencial de cada aluno.
Se
queremos atingir objetivos diferentes, é preciso investir tempo e energia para
atuar de forma diferente. Esse caminho fica facilitado pelo uso de ferramentas
já desenvolvidas por outros professores, como as rubricas.
DESAFIO: Construir uma rubrica para a competência 7
(bit.ly/basedoc1) e que esteja relacionada a uma atividade sugerida por algum
grupo participante.
Dicas para construir uma tabela de rubricas: - Tema e escolha do tipo de atividade - Objetivo da atividade (o que quero que o aluno desenvolva) - gradação clara (determinar o máximo e o mínimo para então
trabalhar o intermediário)
Imagem utilizada pelo Grupo Amarelo
BIBLIOGRAFIA
BIAGIOTTI, L.C.M. Avaliação em EAD: procedimentos de avaliação educacional em cursos de longa distância da Marinha do Brasil. 2004. Dissertação (Mestrado em Ciências Pedagógicas) – Instituto Superior de Estudos Pedagógicos, Rio de Janeiro.
LUDKE, M. O Trabalho com Projetos e a Avaliação na Educação Básica. In: ESTEBAN, M.T.; HOFFMANN, J.; SILVA, J.F. (orgs) Práticas Avaliativas e Aprendizagens Significativas. Porto Alegre: Mediação, 2003, p.67-80.
PORTO, S. Rubricas: otimizando a avaliação em educação online. Disponível em http://www.aquifolium.com/rubricas.html. Acesso em: 24 fev. 2005. SILVA, J.F. Avaliação na Perspectiva Formativa-Reguladora: pressupostos teóricos e práticos. Porto Alegre: Mediação, 2004.